A Galáxia Internet
Setembro 3rd, 2013
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Apesar de ser um livro de 2001, quase toda a sua informação se mantêm muito actual, pelo é um excelente livro para quem quer compreender como surgiu a Internet, como esta rede transformou a vida pessoal, empresarial, das organizações, dos governos, etc.
Manuel Castels neste livro avalia o poder da Internet e as forma como os seus utilizadores têm utilizado este meio para transformar a sociedade numa “sociedade em rede.”
Autor: Manuel Castells
Editora: Fundação Calouste Gulbenkian
Índice:
Introdução: A rede da Internet
1. Lições de História da Internet
2. A cultura Internet
3. Negócios electrónicos e nova economia
4. Comunidades virtuais ou sociedade em rede?
5. A política da Internet I: Redes Informáticas, Sociedade Civil e Estado
6. A política da Internet II: Privacidade e Liberdade no Ciberespaço
7. Multimédia e Internet: O hipertexto para lá da convergência
8. A geografia da Internet: locais ligados em rede
9. A info-exclusão: Uma perspectiva global
Conclusão: Os desafios da sociedade em rede
Resumo do Livro:
A história da Internet integra vários intervenientes, resultado da investigação de instituições governamentais, conceituadas universidades e centros de investigação, não tendo origem no meio empresarial. A Internet existe graças a fundos públicos e a um projecto de investigação com vista ao cumprimento de uma missão de interesse nacional. A sua rápida difusão deve-se à distribuição aberta e gratuita de software e à partilha de recursos, com um desenvolvimento auto evolutivo.
A cultura da Internet determina que os membros da comunidade, os Hackers, não dependam de instituições e que façam investigação científica partilhada cujos resultados são avaliados pelos seus pares e em função da qualidade dos mesmo os Hackers ganham reputação.
Esta comunidade de Hackers luta pela liberdade de expressão, tem regras e valores instituídos e diferenciam-se dos Crackers que são normalmente jovens rebeldes responsáveis pelo cibercrime e intervenientes em várias comunidades virtuais do âmbito sexual, ecológico, político, etc. com comportamentos, por vezes duvidosos.
Com o desenvolvimento da Internet vemos o surgir de modelos de empresa-rede no sector tecnológico e não só, isto é, empresas que gerem grande parte das encomendas online e com total personalização pelo cliente. Muitas empresas surgem já com este modelo de negócio implantado, outras inteligentemente, conseguem se transformar e adaptar às necessidades do mercado. Estes negócios eletrónicos têm uma relação baseada na Internet entre produtores, consumidores e fornecedores mas nem por isso estas empresas descuram a necessidade de recolher informação, interagir e distribuir de maneira personalizada, obtendo redução de custos, qualidade, eficácia e satisfação dos consumidores.
Está a desenvolver-se o financiamento por parte de capitalistas possuidores de capital de risco que investem em star-ups que são avaliadas no mercado financeiro e que é suposto gerarem expectativas e ser absorvidas por uma empresa mais forte. Desta forma, surge uma nova economia com base no aumento de produtividade do trabalho e uma crescente competitividade das empresas, resultado da inovação.
Os estudos sobre o impacto da Internet nas relações sociais não são consensuais, pelo que não se consegue provar que esta diminua a interação social presencial. Muitos outros factores, como viver em cidades com forte isolamento, o facto de as famílias serem cada vez mais pequenas, etc., transformou a forma como socializamos. A Internet aproxima-nos dos familiares que estão a longa distância, de ligações pessoais com quem de outra forma não comunicaríamos, pelo que se denota o surgimento de um novo modelo de sociedade: “a sociedade em rede”.
Os movimentos culturais constroem em torno da Internet um movimento de mobilização que de alguma forma vêm substituir as organizações permanentes e formais (ex. sindicatos). Assim, muitos movimentos de cidadania criam comunidades em rede, por vezes até apoiadas por governos locais, com o objectivo de criar laços e difundir informação entre os utilizadores, criando assim uma nova sociedade civil global, construída pela organização em redes informáticas e associação de cidadãos.
A privacidade nesta rede é cada vez mais um assunto susceptível de dúvidas, já que nós próprios aceitamos nos privarmos desta privacidade ao aceitarmos algumas condições para obter informações de alguns sites.
As redes geográficas da Internet estão a desenvolverem-se a larga escala e muito rapidamente mas ainda existe uma correlação entre a dimensão das cidades e a rápida evolução da adopção da Internet, sendo os EUA que têm mais penetração no mercado, quer em termos de utilizadores, como em conteúdo produzido ou mesmo na produção de equipamentos técnicos. De uma forma geral a Internet está principalmente penetrada nos principais centros urbanos e nos países mais desenvolvidos sendo que a difusão da Internet está avançar de forma desigual, pelo que é percetível que apenas as famílias com maiores rendimentos, em cidades urbanas, em boas escolas têm acesso a redes com qualidade.
O trabalho a partir de casa tem tido um incremento mas está normalmente associadoa um escritório central a que o trabalhador tem que se deslocar com alguma frequência mas este sistema permite ao indivíduo trabalhar, através do acesso a redes móveis, em qualquer lugar.
Frases Chave:
“A Internet é, antes de tudo, uma criação cultural.”
“Não seria exagerado dizer que a Internet transformou o mundo da empresa, tanto como este transformou a Internet”
“Na era da Internet, (…)a capacidade para viver perigosamente converte-se em parte integrante do estilo de vida empresarial.”
“Na e-economia, os trabalhadores devem ser capazes de reciclar-se em termos de habilitações, conhecimentos e maneira de pensar (…).”
“(…) já que não tens qualquer privacidade – habitua-te.”
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